O QUE É ESOFAGITE EOSINOFÍLICA?

O que é esofagite eosinofílica?

É uma doença crônica do esôfago relacionada a imunidade e desencadeada por antígenos (alergenos) caracterizada clinicamente por sintomas de azia, dificuldade de engolir, dor no peito e nas biópsias por inflamação com predomínio eosinófilos.

Qual a frequência da doença?

Um estudo suíço com base em uma população fixa demonstrou aumento importante na prevalência desta doença nos últimos 20 anos, passando de 2/100.000 habitantes para 23/100.000 habitantes. Dados semelhantes foram observados nos Estados Unidos. A prevalência desta doença aumentou de 0,35/100.00 habitantes na década de 90 para 9,45/100.000 habitantes na década de 2.000. Logo, esta doença vem aumentando tanto na ocorrência, quanto no reconhecimento pelos médicos.

Quem são as pessoas mais afetadas por esta doença?

A maioria dos casos acomete pessoas do sexo masculino (>70% dos casos), com idade média de 35 anos (20 – 40 anos). Os casos têm sido descritos em praticamente todos os países do mundo (EUA, Europa, Japão, América do Sul) e já há vários relatos de casos no Brasil em Santa Catarina, em São Paulo, Ceará. Curiosamente em famílias com pessoas portadoras doença em 7% há mais de uma pessoa com a doença.

Quais os principais sintomas da esofagite eosinofílica?

Sabe-se que maioria dos pacientes adultos se queixa de dificuldade para engolir alimentos sólidos e muitos destes já tiveram problema de engasgo com alimentos sólidos.

Muitos destes pacientes também sentem azia, dor peito, vômitos e, de fato, a maioria tem diagnóstico de doença do refluxo gastroesofágico antes de confirmar tratar-se de esofagite eosinofílica.

Além disso, estima-se que metade dos pacientes sofre de asma e, também, uma parcela apresenta algum tipo de alergia alimentar. Os alimentos mais frequentemente relacionados a alergia são soja, leite, ovos, trigo, amendoim e frutos do mar.

Como se confirma o diagnóstico da esofagite eosinofílica?

A suspeita inicia-se pela avaliação dos sintomas, especialmente a queixas de dificuldade para engolir, azia, dor no peito e alergia.

A seguir, a endoscopia apresenta alterações bastante sugestivas como a presença de inchaço e espessamento da mucosa, formação de anéis, sulcos lineares, pequenas pústulas brancas e em casos extremos sinais de estreitamento do esôfago.  Entretanto, embora a suspeita seja constatada pela endoscopia, há necessidade coletar biópsias para confirmar o diagnóstico.

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