A hemorragia digestiva alta (HDA) manifesta-se como vômitos com sangue vivo ou “borra de café” ou fezes enegrecidas. Estima-se a incidência anual de HDA em 48 a 160 casos por 100.000 adultos, com mortalidade variando entre 10 a 14%, geralmente associada ao choque hipovolêmico
Os casos de hemorragia digestiva alta são considerados emergência e, geralmente são atendidos no pronto socorro. Na fase inicial é fundamental a sistematização do atendimento do paciente, com avaliação da respiração e vias aéreas, manutenção da circulação, acompanhamento do estado neurológico e da temperatura, prevenindo hipotermia (sala aquecida, fluidos aquecidos, cobertas aquecidas).
A endoscopia digestiva é o principal exame para investigar a causa e tratar a hemorragia, entretanto, existem classificações risco que auxiliam nas decisões sobre quando realizar endoscopia, onde internar (UTI ou enfermaria) e programar alta. Pacientes com baixo risco para necessitarem de alguma intervenção e podem ser submetidos a endoscopia digestiva ambulatorialmente. Nos demais pacientes, a realização de endoscopia precoce deve ser realizada em até 24 horas da chegada do paciente com suspeita de sangramento. Pacientes com instáveis apesar das medidas de ressuscitação, deve-se considerar a realização do exame em até 12 horas preferencialmente, na unidade de terapia intensiva.
A principais causas de hemorragia digestiva alta estão representadas na Figura.